Medo do que os outros vão pensar? Lembre-se: nem tudo é sobre você.

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> Medo do que os outros vão pensar? Lembre-se: nem tudo é sobre você.

“É natural pensarmos que estamos sempre no centro das atenções. Achamos que as pessoas estão a espreita nos medindo, analisando, mas muitas vezes não estão. Achamos que as pessoas estão cochichando, rindo, falando de nossos hábitos, nosso jeito, nossas manias, quando na verdade, elas estão preocupadas se as pessoas estão fazendo isso com elas também. Tendemos a passar pela vida como se cada movimento nosso estivesse sendo observado, julgado e avaliado a cada momento pelas pessoas ao nosso redor. Aqui está uma verificação da realidade – você não é tão importante. Não quero dizer isso de uma forma impetuosa. Isso não deve fazer você se sentir pequeno ou inferior, deve LIBERTÁ-LO.” (Autor Desconhecido).

Parafraseando Eleanor Roosevelt, ‘você não se preocuparia tanto com o que os outros pensam de você se percebesse como raramente o fazem.’

Por Tati Girardi – @tati_girardi_terapeutah

Quem sabe não somos insuficientes mas sim, faltantes…

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Quem sabe não somos insuficientes mas sim, faltantes…

Sempre faltará algo a ser feito
Sempre faltará dar conta de todas as demandas
Sempre faltará tempo para fazermos tudo o que queremos
Sempre faltarão palavras
Sempre faltará lembrar do aniversário de alguém
Sempre faltarão atitudes (nossas e dos outros)
Sempre faltará conquistar alguns sonhos
Sempre faltará alcançar alguns objetivos
Sempre faltarão viagens à serem feitas
Sempre faltarão lugares à serem conhecidos
Sempre faltarão livros à serem lidos
Sempre faltará algo
Afinal, a vida é feita de faltas
Acreditar que um dia supriremos todas as faltas é, no mínimo, fantasioso e ilusório.
É preciso coragem e consciência para nos sabermos e acolhermos faltantes, mas jamais insuficientes.

Por Tati Girardi – @tati_girardi_terapeutah

O que trabalhamos por dentro é refletido fora

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“O mundo é uma manifestação do nosso estado interior.” (Sri Amma Bhagavan)

Se o mundo externo é um reflexo do mundo interno, isso explica a situação em que nosso planeta se encontra. Afinal, são quase 8 bilhões de ‘mundos internos’ sendo refletidos por aí todos os dias.

Fazendo um recorte social daqueles que podem se dar a esse luxo (deveria ser um direito de todos) já pensaram em como seria se estes bilhões de seres olhassem e mergulhassem para dentro de si, ao invés de só olharem para fora, para suas carreiras, dinheiro, aparência, para a vida/atitude do coleguinha, etc..?

Será tudo o que está acontecendo no mundo não é um chamado para esse mergulho interno? 🤔

Por Tati Girardi – @tati_girardi_terapeutah

 

É preciso coragem para pedir e aceitar ajuda

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> É preciso coragem para pedir e aceitar ajuda

Se tem algo que é desafiador para mim é pedir ajuda e me permitir ser cuidada.
Por que? Também porque a posição de cuidadora tem muito mais glamour e poder, enquanto a posição de cuidada me coloca num lugar de fragilidade, de vulnerabilidade.

Há alguns anos atrás (2018 para ser mais exata), eu entrei em colapso emocional e mental.
E adivinhe o que aconteceu? Eu não tive escolha, tive que pedir e aceitar ajuda.
Não somente do médico e dos terapeutas que me acompanhavam e acompanham, mas também dos meus familiares, amigos e vizinhos.

Sim, tive que tirar a armadura da super forte, equilibrada, bem resolvida, praticamente não humana de tão perfeita, para vestir a roupa da SER HUMANA, que tem seus baixos, suas vulnerabilidades, suas inseguranças, suas questões pouco ou nada resolvidas. E, ao contrário do que eu imaginava, ainda que com muito desconforto, não me senti fraca e nem menor ao expor a minha humanidade. Muito pelo contrário, me senti acolhida, amparada, humanizada, igual. Pude acessar um lugar de humildade em mim, o qual me deixa do mesmo tamanho que todos, nem maior, nem menor, apenas humana.

Tenho descoberto diariamente que fragilidade é bem diferente de fraqueza ou covardia e que sim, é preciso muita coragem para pedir e receber ajuda.

Como foi e tem sido libertador não usar mais essa armadura da durona, da forte.
Ser apenas eu, humana, vulnerável e simples, compartilhando um sentir com quem tem algum interesse na minha partilha e/ou no meu trabalho, da minha humanidade para a sua humanidade. 🙏

Por Tati Girardi – @tati_girardi_terapeutah

Sobre L-I-M-I-T-E-S

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L-I-M-I-T-E-S

Se tem algo que eu tenho aprendido cada vez mais com a vida é a questão dos meus limites.

Outrora, na arrogância que toda juventude carrega, eu achava que tudo podia.
Hoje entendo que para saber respeitar os meus limites, antes de mais nada eu preciso conhecê-los e o mais desafiador, preciso reconhecê-los num lugar de humildade aqui dentro.
O desafio é reconhecer que não dou conta de algumas coisas e bancar essa frustração de onipotência.

Vida vai e vida vem, e com ela a maturidade (em alguns aspectos) traz a clareza de que nem tudo que eu posso eu consigo, nem tudo que eu posso eu devo, nem tudo que eu posso eu quero, nem tudo o que eu quero me faz bem.

E você, tem clareza sobre os seus limites?
Fica o convite para reflexão.

Por Tati Girardi – @tati_girardi_terapeutah

Quanto me custa o ‘sim’ que dou ao outro quando o ‘não’ sobra pra mim?

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> Quanto me custa o ‘sim’ que dou ao outro quando o ‘não’ sobra pra mim?

Tem algum tempo que me permito fazer o que chamo de ‘conta emocional’.
Quanto me custa dizer sim para isso?
Quanto me custa dizer não para aquilo?
O que percebo é que ambos geram algum custo.
Quando digo sim ao outro e não para mim, pago o custo de agradar o outro e me desagradar (sim, às vezes é necessário).
Quando digo não ao outro e sim para mim, pago o custo de desagradar o outro e me agradar (tão necessário quanto).
Aí é questão de pesar, escolher e BANCAR a alternativa que gera menos custo e desgaste emocional.
E pra você: quanto custa o seu ‘sim’ e o seu ‘não’?

Por Tati Girardi – @tati_girardi_terapeutah

Tem leitura de textão sim – Otimismo sem foco na realidade

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Em tempos de positividade tóxica, partilho um texto do Samer Agi por considerar muito interessante essa perspectiva sobre o otimismo sem foco na realidade. ⬇️

“Jim Stockdale, militar americano da mais alta patente, preso em campo de prisioneiros de guerra no Vietnã. Torturado mais de 20 vezes em oito anos, sem data para ser libertado, sem saber se sobreviveria. Sem direitos.⁣

Entrevistado por Jim Collins, professor de Stanford, em “Feitas para vencer”, Stockdale responde a duas perguntas. ⁣

Primeira: “quem não suportou a prisão?” Resposta: “os otimistas. Os otimistas desistiram primeiro”. Agora, ele explica: “quando fomos presos, os otimistas achavam que sairíamos no Natal, mas o Natal veio, passou e nada. Depois, diziam que seria na páscoa, mas a páscoa também passou e não saímos. E, então, era Natal novamente. Continuávamos lá. Eles não resistiam”. ⁣

Collins faz a segunda pergunta: “como você resistiu?” O militar diz: “eu tinha uma fé inabalável de que venceria no final e, ao mesmo tempo, enfrentava a realidade nua e crua de que não sabia quando seria o final”. Nascia o “paradoxo Stockdale”: tenha convicção da vitória, mas enfrente a realidade diante dos seus olhos.⁣

Qual o nosso erro? Colocamos o otimismo no tempo. Dizemos: até o fim do ano, serei aprovado! Aos 30, terei minha independência financeira! Aos 35, filhos! Só que você não controla o fator tempo, e isso é distorcer a realidade.⁣

Quando agimos assim, o esgotamento do prazo nos frustra. O fim do tempo torna-se o “fim dos tempos”. Desistimos. Deprimimo-nos. Abandonamos o projeto.⁣

Aceite. Você não sabe quando vencerá seu desafio. Não diga: “serei juiz até dezembro de 2023”. Diga: “serei juiz”, e você será. O tempo vai passar de qualquer forma. Tenha uma fé inabalável sem perder a noção da realidade.⁣

Nos oito anos de prisão, Stockdale e sua esposa escrevem um livro, em capítulos alternados, chamado “No amor e na guerra”. Relatam os oito anos de separação, as torturas e o amor que vence o teste do tempo. Aqui, vale um último destaque: amar torna a prova mais leve. Ame.”

Por Samer Agi

Tem textão sim: disposição + disponibilidade

Disposição+Disponibilidade

> Disposição + Disponibilidade

Tem diferença?
O dicionário diz:
* Disposição: ato ou efeito de se dispor;
* Disponibilidade: estado ou qualidade do que é ou está disponível;
Ou seja, SIM, tem diferença.

Nem sempre estar disposto é estar disponível.
Para que uma relação (seja ela qual for) seja funcional e saudável, essas duas coisas precisam estar presentes.

Mas seria possível estarmos dispostos e disponíveis para 100% das nossas relações? Obviamente não, pois não teríamos tempo de vida para tanto. Na grande maioria delas estamos dispostos mas nem sempre disponíveis. Para outras, não estamos dispostos e muito menos disponíveis… e está tudo bem. Aqui me refiro a relações profundas, as quais, na melhor das hipóteses são poucas e raras. Para estas normalmente estamos dispostos e disponíveis e, se a recíproca for verdadeira, melhor ainda, o equilíbrio agradece.

Ok, pensei em tudo isso e lá veio a minha voz interna me questionar: ‘ô minha querida, e para você mesma, você está disposta e disponível?’ Ao que instantaneamente respondi: ‘putz, disposta sim, mas nem sempre disponível.’ :/
Tendo a estar disposta a cuidar da minha cabeça, do meu corpo, da minha casa, do meu trabalho, enfim, dos meus afazeres e das minhas obrigações. Mas nem sempre estou disponível para me acolher, para pegar na minha mão e caminhar sem pensar no que tenho que fazer a seguir, para me dar colo, para me abraçar.

Foi então que na última sexta-feira a vida me presenteou com um fim de dia off. Primeiro, tentei um encontro com a minha best. Ela estava disposta, porém não estava disponível.
E aí veio a minha voz interna de novo e disse: ‘por que você não disponibiliza esse tempo para você mesma? Um date só com você, um vinho, a playlist que você adora, num lugar que te acolha, acompanhada somente do seu caderno de escrita e do seu Kindle?
Aceitei o convite, me disponibilizei para mim mesma, nos divertimos e sextamos lindamente.

Enfim, que a gente se permita também estar disponíveis para nós mesmos sempre que possível. O autoafeto aplaude.

Por Tati Girardi – @tati_girardi_terapeutah

Tem textão sim: persistimos o suficiente?

CortadorPedras

> Persistimos o suficiente?

Tempos atrás assisti em algum canal uma cena que era um homem martelando insistentemente uma pedra imensa.
Eu, descrente, fiquei assistindo pois tinha certeza absoluta que ele não conseguiria quebrá-la. Mas eis que fui surpreendida porque com a última martelada a pedra se dividiu ao meio.

Dias depois, lendo o livro “O fundo do poço – o lugar mais visitado do mundo”, da Cris Guerra (o qual recomendo), ao falar sobre persistência ela cita o fotógrafo e jornalista Jocob Riis e tive imediatamente uma ampliação de percepção, a qual compartilho abaixo:

“Quando nada parece ajudar, eu vou e olho o cortador de pedras, martelando sua rocha talvez cem vezes, sem que nem uma só rachadura apareça.
No entanto, na centésima primeira martelada, a pedra se abre em duas e eu sei que não foi aquela a que conseguiu, mas todas as que vieram antes…”
(Jacob Riis / 1849-1914)

Para aquilo que nos faz sentido desejo que tenhamos a mesma persistência de um cortador de pedras, ou, na melhor das hipóteses, que a gente se permita construir algo com as que aparecerem em nossos caminhos, pois certamente aparecerão.

Por Tati Girardi – @tati_girardi_terapeutah

Tem textão sim: a graça dos momentos ordinários

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> A graça dos momentos ordinários

Nesta semana, a partir de uma aula que tive sobre o bem envelhecer, me peguei pensando sobre algo. A aula foi sobre a mente em movimento, no sentido da importância de termos boas memórias, pois com a idade mais avançada elas podem ser um dos nossos refúgios. E teve uma frase que saltou aos meus olhos:

“Nossa percepção de futuro pode ter uma grande dependência da memória de experiências passadas. Então, se desejamos mudar o futuro, o caminho é redimensionar a sua relação com o presente.” (Ana Claudia Quintana Arantes)

O que entendi e tomei para mim desta frase é que de nada adianta apenas pensar no futuro se a minha relação com o presente não estiver minimamente boa.

Se pararmos para analisar temos a tendência a guardar com mais força no nosso baú de recordações os acontecimentos extraordinários da vida: um nascimento, uma formatura, um casamento, uma separação, uma festa, uma viagem, um show memorável, etc.

Entretanto, penso que na vida temos mais momentos ordinários do que momentos extraordinários. A nossa rotina é majoritariamente ordinária: é o acordar, é o comer, é o trabalhar, é o resolver coisas, é o tomar banho, é o dormir, dia após dia.

Então quando a Dra. Ana Claudia fala sobre redimensionarmos a nossa relação com o presente, ao menos para mim, a provocação que fica é ver graça, ver força, ver beleza também nos momentos corriqueiros e ordinários das nossas vidas.

O convite que faço a mim e a você é que possamos nos permitir produzir boas memórias também nos nossos dias comuns: tomarmos um café com o rosto no sol, tomarmos um banho com presença para sentir nossos corpos, ouvirmos uma música que nos toca e cantarmos a plenos pulmões enquanto estamos em trânsito e o que mais nos fizer sentido.

Que possamos treinar nossos olhos para enxergarmos graça também nos momentos ordinários da vida.

Termino parafraseando a monja Pema Chodron que diz: “Aprecie tudo, mesmo o ordinário. Especialmente o ordinário.”

Por Tati Girardi – @tati_girardi_terapeutah