> É preciso coragem para pedir e aceitar ajuda
Se tem algo que é desafiador para mim é pedir ajuda e me permitir ser cuidada.
Por que? Também porque a posição de cuidadora tem muito mais glamour e poder, enquanto a posição de cuidada me coloca num lugar de fragilidade, de vulnerabilidade.
Há alguns anos atrás (2018 para ser mais exata), eu entrei em colapso emocional e mental.
E adivinhe o que aconteceu? Eu não tive escolha, tive que pedir e aceitar ajuda.
Não somente do médico e dos terapeutas que me acompanhavam e acompanham, mas também dos meus familiares, amigos e vizinhos.
Sim, tive que tirar a armadura da super forte, equilibrada, bem resolvida, praticamente não humana de tão perfeita, para vestir a roupa da SER HUMANA, que tem seus baixos, suas vulnerabilidades, suas inseguranças, suas questões pouco ou nada resolvidas. E, ao contrário do que eu imaginava, ainda que com muito desconforto, não me senti fraca e nem menor ao expor a minha humanidade. Muito pelo contrário, me senti acolhida, amparada, humanizada, igual. Pude acessar um lugar de humildade em mim, o qual me deixa do mesmo tamanho que todos, nem maior, nem menor, apenas humana.
Tenho descoberto diariamente que fragilidade é bem diferente de fraqueza ou covardia e que sim, é preciso muita coragem para pedir e receber ajuda.
Como foi e tem sido libertador não usar mais essa armadura da durona, da forte.
Ser apenas eu, humana, vulnerável e simples, compartilhando um sentir com quem tem algum interesse na minha partilha e/ou no meu trabalho, da minha humanidade para a sua humanidade. 🙏
Por Tati Girardi – @tati_girardi_terapeutah
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