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Onde foi parar 2023 que já é quase Natal? Está com essa sensação?

Chegamos àquela época do ano em que a vida parece se mover em uma velocidade vertiginosa. Compromissos se acumulam, listas de tarefas crescem e o sentimento de estar sempre apressado se torna quase inevitável. No entanto, é crucial lembrar que, em meio a esse turbilhão, os intervalos, os respiros e os momentos de pausa desempenham um papel fundamental em nossa jornada.

Imagine a vida como uma música. Assim como uma melodia não consiste apenas nas notas tocadas rapidamente, mas também nos silêncios entre elas, nossa existência ganha significado nos intervalos que permitimos a nós mesmos. São nesses momentos que encontramos clareza, renovamos nossa energia e nos conectamos com o que realmente importa.

No dia a dia, mas especialmente no final do ano, quando as demandas atingem o pico, é vital reconhecer a importância de reservar tempo para si mesmo. A pressa constante pode nos fazer esquecer da importância de simplesmente estar presente. Portanto, te convido a praticar a arte de desacelerar, de respirar profundamente e de encontrar a tranquilidade mesmo nos momentos mais agitados.

Fácil? Não.
Natural? Muito menos.
É preciso exercitar.
Então, que a gente exercite ao menos respirar mais fundo com um pouco mais de consciência.

Por Tati Girardi – @tati_girardi_terapeutah

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Às vezes, me pego pensando em como sou mestre na arte de me enganar.
Crio narrativas internas cheias de meias-verdades e ilusões reconfortantes, como se estivesse tentando criar um escudo para me proteger da realidade.

Entendo que procuro refúgio em tais narrativas fantasiosas, construindo histórias que me permitem evitar enfrentar as verdades difíceis e que isso por vezes é necessário para que eu dê conta.

Minto para mim mesma sobre meus medos, meus erros, minhas intenções e até mesmo sobre meus desejos mais profundos.

Ter consciência disso de certa forma me liberta, porque quando finalmente reconheço as mentiras que conto a mim mesma, abro espaço para que a verdade, ainda que desconfortável, se instale.

Não é uma jornada fácil; enfrentar meus próprios enganos é doloroso e desafiador.

As perguntas que me faço são ‘por que estou me escondendo atrás dessa mentira’, ‘ao que ela serve’, ‘o que ganho com isso’?  

Por vezes a resposta vem imediatamente. Por vezes o que vem são mais e mais perguntas.

E assim sigo, de olho no meu nariz interno que, à exemplo do Pinóquio, por vezes cresce e cresce para que eu o veja com mais clareza.

Por Tati Girardi – @tati_girardi_terapeutah

> Você faz a sua parte daquilo que pede ao Universo?

“Em geral, o que pedimos em nossas orações e aquilo com que estamos comprometidos são coisas totalmente diferentes.Rezar sem agir não é rezar, é sonhar. Como pode Deus nos ajudar se não nos ajudarmos? Não há nada de errado com a fé. Não há nada de errado com a afirmação das suas convicções, mas, em algum ponto, você precisa dar o próxima passo. Como diria Ghandi, de que vale a fé se ela não se converter em ação?” (Debbie Ford)

Por Tati Girardi – @tati_girardi_terapeutah

A vida é como uma dança em que os passos nem sempre estão traçados, e as garantias são apenas miragens passageiras. Nesse palco efêmero, somos conduzidos por um ritmo que nos desafia, nos inspira e, por vezes, nos surpreende. É nas incertezas que se escondem as oportunidades de crescimento e superação. Permita-se dançar com a imprevisibilidade da existência e descobrir a beleza que reside em cada instante.

Nos momentos de incertezas, quando não podemos prever o que o futuro nos reserva, é fácil se sentir desamparado. Contudo, é justamente nesses momentos de vulnerabilidade que descobrimos nossa força interior. A vida é uma mestra sábia, e é através das suas lições que aprendemos a valorizar cada passo, cada escolha e cada desafio que enfrentamos.

As garantias que tanto buscamos são meras ilusões, e é nessa ausência de certezas que nossa imaginação ganha espaço para criar possibilidades infinitas. É quando soltamos as amarras das garantias que podemos voar com a imaginação, desbravando territórios desconhecidos e construindo novos horizontes para nós mesmos.

“A vida não oferece garantias. Apenas oportunidades.”, diria Mark Twain.
Que possamos nos permitir dançar a dança incerta da vida.

Por Tati Girardi – @tati_girardi_terapeutah

> Nossos potes de energia

O processo de nos conhecermos também passa por entendermos e reconhecermos aquilo que nos dá energia e aquilo que nos drena energia.
Muitas vezes, distraídos de nós mesmos, deixamos de perceber as sutilezas que alimentam ou sugam a nossa energia.

Ler, ouvir música, estar com amigos ou sozinho, estar na natureza ou ao menos com os olhos atentos para observá-la, nem que seja somente da janela do escritório, podem ser formas sutis de abastecer nosso pote de energia.
Assim como, conversas vazias, foco excessivo nos ‘e ses’, comparações injustas, notícias difíceis (e reais), podem drenar com força o nosso pote de energia.

Equilíbrio total entre os potes? Impossível nesse mundo caótico em que vivemos.
Mas, se estivermos conscientes o suficientes, conseguimos ao menos transitar entre os potes, ora enchendo um, ora esvaziando o outro, ora o enchendo novamente e assim por diante.

E aí? Você reconhece o que enche e o que drena o seu pote?

Por Tati Girardi – @tati_girardi_terapeutah

“Sabe porque é tão difícil conseguir mudar hábitos na nossa vida? Ou ainda, tomar coragem para ser/fazer algo diferente? Porque somos naturalmente incentivados a ficar onde estamos.
Nosso cérebro busca nos manter vivos e para isso, ele “evita” mudanças que gastem energia a mais do que a que estamos acostumados. Então, quando você decide “AGORA EU VOU MUDAR”, ele resiste. E sabe o que isso quer dizer? Que da mesma forma que ele resiste, ele aprende. Ele se adapta as suas mudanças e as torna naturais. Sabendo disso, me diga: o que você gostaria de mudar no seu cérebro hoje?” (Nicolle Tomazella)

Um salve à neurocência e à neuroplasticidade. 🧠

Por Tati Girardi – @tati_girardi_terapeutah

>O que temos feito com a nossa experiência chamada vida?

“Infelizmente, nossa cultura é faltante. Falta maturidade, integridade, realidade. O tempo acaba, mas a maioria das pessoas não percebe que, quando olha o relógio repetidas vezes esperando o fim do dia, na verdade estão torcendo para que o tempo passe mais rápido e sua morte se aproxime mais rápido. Mas o tempo passa no tempo dele, indiferente à torcida para apressar ou retardar sua velocidade.

O que separa o nascimento da morte é o tempo. Vida é o que fazemos dentro desse tempo, é a nossa experiência.

Quando passamos a vida esperando pelo fim do dia, pelo fim de semana, pelas férias, pelo fim de ano, pela aposentadoria, estamos torcendo para que o dia da nossa morte se aproxime mais rápido. Dizemos que depois do trabalho vamos viver, mas esquecemos que a opção ‘vida’ não é um botão “on/off” que a gente liga e desliga conforme o clima ou o prazer de viver. Com ou sem prazer, estamos vivos 100% do tempo. O tempo corre em ritmo constante.

Vida acontece todo dia, e poucas vezes as pessoas parecem se dar conta disso.”

Por Tati Girardi – @tati_girardi_terapeutah

> Qual é a medida do ‘sucesso’?
A sua.

De um autor desconhecido, ao menos pra mim:

“Jorge aos 32 anos comprou sua casa mas nunca viajou para fora.
Leila aos 27 já conheceu meio mundo mas não se formou.
Bruna com 45 se formou e está em busca de emprego em sua área.
Sabe quem se deu bem na vida?
Cada um à sua maneira.
‘Sucesso’ não tem receita e nem molde.”

Termino citando Freud: “A felicidade é um problema individual. Aqui, nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz.”

Por Tati Girardi – @tati_girardi_terapeutah