Desde a minha adolescência eu tinha fama de ser muito desorganizada, atrasada e desligada. Por muito tempo, nenhuma dessas características me incomodaram. No entanto, os compromissos da vida adulta começaram a aparecer: trabalhos, reuniões e prazos e, de repente, percebi que eu não tinha a menor credibilidade para assumir responsabilidades, o que não ia de encontro à profissional e pessoa que eu almejava ser.

Comecei a ficar constantemente triste. Se eu chegava atrasada nos lugares, eu sofria. Se eu procrastinava uma atividade, eu sofria. E não é tão simples quanto parece simplesmente “deixar de ser”. Comecei então uma busca por me tornar uma pessoa menos procrastinadora e mais organizada, e encontrei o Espaço do Bem-Estar. Logo nas primeiras sessões, a Tati me explicou que a minha falta de disciplina me aprisionava em tudo o que eu estava tentando me libertar.

Eu mergulhei de corpo e alma no processo, pois tinha pressa em ser uma pessoa melhor para mim mesma, e consequentemente, para quem convive comigo. Fui entrando em contato com quem eu realmente sou, e ao invés de tentar mascarar os meus defeitos, aprendi a racionalizar com eles, e torná-los menores. É um exercício constante.

A parte mais incrível foi chegar à conclusão durante as últimas sessões que, no início do processo eu estava presa em tantas crenças limitantes, que eu mal conseguia enxergar o que eu realmente almejava para o meu futuro. Percebi que o que eu dizia ser o meu objetivo, na verdade, era apenas uma imagem do que eu queria passar para o mundo, e não exatamente o que eu gostaria de ser para o mundo.

A Tati costuma dizer que quem vai ao Espaço do Bem-Estar está se permitindo. E eu concordo: ir ao Espaço do Bem-Estar é se permitir a ser uma pessoa melhor e mais do que isso, é se permitir a ser alguém que se ama e que quer sempre evoluir.

Entrei lá com muitas dúvidas e angústias. Saí com a sensação de que com foco, disciplina e muito esforço, é possível dominar o meu mundo. Por isso, o melhor investimento que eu já fiz na minha vida, certamente foi me permitir.”